"Eu nunca soube lidar com as mudanças de estado.
Principalmente com o término súbito da felicidade.
Era impossível pensar que existiam maneiras de sair de um estado para outro,
sem precisar comprometer minha saúde mental e física."
"Mesmo assim eu precisava acreditar que ele encontraria alguma maneira de se comunicar e que,
com uma simples palavra vinda de seus lábios, eu abriria as pernas para as regras do jogo,
como uma puta de semiologia barata,
e sairia do fundo do poço.
Abraçada com o meu herói, com a minha heroína."
Eu tinha muitos desejos e sonhos,
mas os deixava descer ralo abaixo - imobilizada com a minha ausência de ânsia p/ viver.
Desejos e sonhos calados, imóveis diante do ponteiro do relógio que anunciava o fim de outro
dia igual ao anterior e idêntico ao seguinte.
Hoje que já é amanhã ainda é ontem.
Mas infelizmente o tempo estava passando e n. iria me esperar,
n. iria parar porque eu estava sofrendo - eu n. podia desviá-lo de seu curso.
Os ponteiros relatavam o passar dos dias, mas n. me impediam de viajar para trás e p/ frente,
nas minhas lembranças em carne viva.
Eu sentia como se estivesse em um limbo de memórias eternas.
Eu olhei para ele, ele olhou para mim, e de repente, quando percebi,
nós estávamos nos beijando.
Eu não acreditei.
Abri os olhos para ter certeza e depois fechei com força.
Precisava curtir aquele momento,
antes que meu coração frágil se quebrasse com o vento.
'Uma pequena nuvem que se recusa a ser igual às outras...
Flanando pelo céu atrás de brincadeiras,
recusando-se terminantemente a chover, a nuvenzinha vai acabar
aprendendo que, apesar da delícia que é podermos tomar formas as
mais diferentes para nos divertimos,
há um momento em que temos que crescer..
Ai.. bom..
Ai aprendemos qual papel nos cabe nesse mundo ...'
Comentário de Luiz Ruffato (escritor e jornalista do jornal Estado de são paulo), sobre o conto infantil que nos oferece o poeta José Henrique da Cruz..
Flanando pelo céu atrás de brincadeiras,
recusando-se terminantemente a chover, a nuvenzinha vai acabar
aprendendo que, apesar da delícia que é podermos tomar formas as
mais diferentes para nos divertimos,
há um momento em que temos que crescer..
Ai.. bom..
Ai aprendemos qual papel nos cabe nesse mundo ...'
Comentário de Luiz Ruffato (escritor e jornalista do jornal Estado de são paulo), sobre o conto infantil que nos oferece o poeta José Henrique da Cruz..
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